A criança, principalmente na primeira infância, desenvolve-se seguindo determinadas etapas evolutivas; entra em ritmos diferentes se comparada à outra criança da mesma idade cronológica.

Nos primeiros dois anos de vida é a fase em que a criança está mais voltada a assimilar os estímulos do meio que a cerca, de acordo com as necessidades inerentes à sua idade. É capaz de executar movimentos de preensão que lhe facilitam a possibilidade de escrever ou manipular objetos e instrumentos. Toda essa herança biológica permite à criança agir sobre o meio, aprender certas relações, analisar este meio e até mesmo modificá-lo.
Algumas pessoas pela influência que exercem sobre a criança transmitem-lhe padrões sociais. Os membros da família fazem parte desse grupo significativo para a criança. É o grupo base responsável por liames emocionais intensos e pela caracterização de padrões de comportamento, posições e papéis que a criança assume frente a sociedade.

Atendentes de creche e professores da pré-escola vêm a seguir. Serão por assim dizer agentes importantes de socialização. À medida que se tornam modelos significativos conseguem estabelecer liames emocionais com alunos e aproximar a família da escola. Deste modo, a família, a escola e a comunidade, através de seus membros e serviços se inter-relacionam à medida que trocam experiências e informações.

A educação infantil visa ao desenvolvimento global e harmônico da criança, de acordo com suas necessidades físicas e psicológicas neste particular momento da sua vida e situadas em sua cultura e em sua comunidade. Ela tem, portanto, objetivos em si mesma, próprias da faixa etária e adequados às necessidades do meio físico, social, econômico e cultural.

É uma educação que parte das necessidades e interesse da criança, estimulando sua atividade e o desenvolvimento de sua criatividade, na conquista de sua autonomia. Esses valores devem ser buscados desde os primeiros anos de vida, quando a criança está completamente aberta para si mesma, para os outros e para o mundo que a cerca. Neste período ela é mais sensível a qualquer influência dos fatores externos e sua personalidade em formação adquire marcas indeléveis que se caracterizarão em toda a sua existência.

Dessa forma, a educação infantil não deve ser vista como ¨preparatória¨ para o ensino de 1º grau. É evidente que as realizações de desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida terão continuidade nos anos seguintes. As experiências e o progresso em cada etapa da vida se fazem presentes na seqüência do processo educacional, possibilitando maiores oportunidades de enfrentar com êxito os novos desafios. (Bibliografia: Artigo extraído da Bolsa Nacional do Livro Ltda.- A Nova Pré-escola)